segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Buenos Aires... melhor a cada ida!

Estive me Buenos Aires três vezes. Confesso que da primeira vez eu detestei. Fui com meus pais numa excursão com gente muito mais velha... eu tinha 21 anos, tinha acabado de voltar da Disney... estava numa vibe muito diferente. 

Na segunda vez, dois anos depois da primeira, fui de cruzeiro para lá e fiquei somente um dia e meio. O cruzeiro chegou num domingo então muitas coisas já haviam fechado. 

A terceira e última vez foi esse ano em setembro. Fui com uma amiga (Aline) que ama Buenos Aires e me convenceu a ir. Ficamos três dias apenas e, na verdade, na verdaaaade, focamos num turismo mais gastronômico. 

Enfim, juntando essas três idas acabei conhecendo bastante coisa e vou colocar aqui pra vocês junto com a minha experiência em cada um desses pontos turísticos. Me desculpo desde já porque não tenho foto alguma. As primeiras viagens foram há quase 10 anos atrás e essa última eu nem tirei nenhuma não. 

Planejando a viagem

Hotel: A primeira vez que fui fiquei hospedada perto da Calle Florida... gente... aquilo é uma zona... durante o dia é uma farofada e de noite é muito deserto. Não recomendo. Vou pular a segunda porque fiquei no navio, mas a terceira vez fiquei em Palermo Soho. Gostei muito! É um bairro com muitos barzinhos, restaurantes, feirinha, lojas... e de noite é super movimentado. Eu fiquei no Palermitano. Gostei muito do hotel mas tinha um problema que já percebi que acontece na grande maioria dos hotéis de Buens Aires: o ar condicionado e a calefação são controlados pela recepção. Dito isso, pra mim, o calor é certo. Eu gosto de quartos bem gelados então sofri um pouco. 

Dinheiro: O peso argentino anda muito desvalorizado no entanto, se você comprar aqui, vai pagar caro. Minha dica é que você leve reais, troque somente o necessário no aeroporto para o primeiro dia e vá até a rua Florida trocar o resto. Você vai conseguir uma cotação muito melhor. Sugiro que troque em alguma banca ou loja pois o risco de ter nota falsificada é menor. No mais, sempre pergunte se o estabelecimento aceita reais. Muitos aceitam.

Roteiro: Como eu disse, fui 3 vezes e tive experiências muito diferentes. Buenos Aires é o tipo do lugar que você conhece em 4 dias mas também não enjoa de ficar 30. Sempre tem alguma coisa para fazer. Abaixo segue os lugares que eu conheci.

  • Basilica del Santissimo Sacramento - é uma igreja bem bonita com belas obras em seu interior. Vale a visita. 
  • Puerto Madero - é um local muito interessante. Você tem uma mistura do antigo com o moderno e um ambiente com vários restaurantes. As vezes só caminhar por Puerto Madero vale a pena. É bem movimentado principalmente à noite. Lá você ainda encontra o Casino.
  • Casino Puerto Madero - a Argentina permite a existência de casinos porém Buenos Aires não. Por conta dessa limitação na cidade, os donos do casino de Puerto Madero decidiram construir seu casino dentro de um navio, afinal, as águas pertencem à nação argentina. Eu achei o casino muito bonito mas, se você não joga, não tem nada muuuuuito interessante. 
  • Bairro da Recoleta - eu aaaaaaaaaaaaaaamo a Recoleta. É um bairro com uma vibe super jovem, pessoas deitadas na grama ouvindo uma música, uma feirinha de artesanato rolando... e pra balancear tem um shopping de decoração ótimo, belas farmácias pra comprar cosméticos, Hard Rock Café e ainda o cemitério com o mausoléu da Evita.  
  • Cemitério da Recoleta - gente é um cemitério, sabe... não é nada agradável. As pessoas insistem em ir ver o túmulo da Evita... eu fui e achei que está mal conservado e só perdi meu tempo mas bom... tem q ir, ne?!
    Brunch no Alvear
  • Hotel Alvear - é o Copacabana Palace local. O hotel é lindo demais. Vende marcas de alto luxo e oferece um brunch que vale cada centavo. Custou em torno de 400 pesos mas se você pensar que eu consegui o peso na Florida por 5,40 reais, saiu muito barato. É necessário reservar o brunch e a dica do momento é o aplicativo 'Restorando'. Através dele você reserva vários restaurantes em vários lugares do mundo mas é principalmente para América Latina.  

  • Bairro San Telmo -  eu tenho uma relação de amor e ódio com esse bairro. Gosto de sua arquitetura, seus barzinhos, a estátua da Mafalda... mas a feirinha de antiguidades na verdade (pelo menos quando eu fui há quase 10 anos) é uma feira de quinquilharia. Vale a visita pra sentar num bar e tomar uma cerveja, comer uma empanada, tirar sua fotinho do lado da Mafalda e só. Nada de compras!
  • Estátua da Mafalda - é uma estátua e serve só pra tirar foto mas é muuuuuito fofa. Ouvi dizer que depois da comemoração de 50 anos da Mafalda colocaram a Susanita e o Manolito ali também. Deve estar uma fofura só!
  • Señor Tango - esse entra pra lista do TEM QUE IR. Amei muita coisa. O tango tem vários tempos e formas de cantar, dançar e atuar. No Señor Tango você vai ter o prazer de ver todos os tipos de tango e uma bela encenação desde sua criação até os dias de hoje. Funciona todos os dias do ano sem exceção e SEMPRE esgota. Sugiro que você pise em Buenos Aires e vá direto comprar seu ingresso ou com o concierge do seu hotel ou na própria casa de shows. O ingresso pode ou não incluir o jantar. 
  • Bairro Palermo Soho -  como eu disse no início de post, é um bairro muito legal. Tem muitos barzinhos, muitos restaurantes, uma feirinha de artesanatos muito legal e é muito movimentado.
  • Bairro Palermo Viejo - parecido com Palermo Soho mas com um ar mais bucólico. Vale sair caminhando pelo bairro, tomar uma cerveja, caminhar mais um pouco...
  • Calle Museo Caminito - a rua Caminito é muito famosa por suas paredes coloridas. É um bairro mais humilde que virou ponto turístico por sua peculiaridade. Ali antigamente funcionava um porto e a sobre das tintas dos navios era usada pra pintar a fachada dos prédios. Por isso é tão colorido. É um excelente lugar para comprar lembrancinhas e tomar uma Quilmes bem gelada apreciando o tango de rua.
  • Cafe Tortoni - um típico café para sentar, degustar um cafezinho, conversar, descansar um pouco e tirar muitas fotos. Esse lugar é lindo. Em determinados dias e horários tem apresentação de tango também. Não chega a ser tão completo quanto o Señor Tango mas é uma opção bem mais em conta.
  • La Bombonera - é o estádio do famoso Boca Juniors. Eu não consegui ir a nenhum jogo e nem sequer entrar. Quando eu fui estava fechado. Sei que tem uma lojinha interessante e galerias para tirar foto. Vale a pena tentar ir a um jogo. 
  • Casa Rosada - é a sede da presidência. Além do seu exterior rosado - e daí vem o nome - dentro você encontra ainda o Museu da Casa do Governo, que mostra história de todos os presidentes que já eleitos da Argentina. 
  • Obelisco - gente é só um obelisco. Rs. Foi construído em homenagem ao aniversário de 400 anos da cidade de Buenos Aires.
  • El Museo Casa Carlos Gardel - Não é muito grande mas é emblemática. O museu foi construído na própria casa que foi de Carlos Gardel e lá abriga um acervo pessoal de livros, discos, manuscritos. Bem interessante. 
  • Plaza de Mayo - fica em frente à Casa Rosada. Conhecida pelos inúmeros protestos que ali começam ou terminam. Eventualmente você vai encontrar algum protesto por ali. 
  • United Nations Square -famosa pela Floralis, uma escultura de uma flor que tem um sistema hidráulico que permite que a flor se abra e feche dependendo do horário do dia. Fora isso não tem mais muito o que ver nessa praça mas vale dar uma caminhada pelo bosque.
  • Congresso - arquitetura única e um belo jardim. Vale a pena parar pra tirar algumas fotos. 
  • Calle Florida - já falei lá em cima para trocar dinheiro nessa rua e é sério. É muito mais barato mas todo cuidado é pouco para não pegar nota falsificada. Fora isso você vai achar nessa rua muitas lojas para comprar souvenirs e lembrancinhas além da Galeria Pacífico, um shopping com lojas bem interessantes. É o lugar da muvuca. Rs. 
Tenho certeza que existem muitos outros lugares para conhecer que eu ainda não fui e como eu disse, Buenos Aires melhora a cada ida. Prometo tirar fotos da próxima vez. =D

Divida sua experiência nos comentários! 

Espero que você tenha gostado. Próximo post: NYC (esse talvez eu precise fazer em mais de um...)

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Cartagena, a Paraty da Colômbia

Vou começar dizendo que eu, particularmente, adorei Cartagena... mas é uma viagem um tanto peculiar... estamos falando de uma cidade que é um calor.... mas um caloooooooor.... e não é só a temperatura... a umidade chega a 95%, então é desconfortável meeeesmo.

Planejando a Viagem

Fiquei ao todo 8 dias em Cartagena... mas fiquei 8 porque 3 fiquei hospedada em uma ilha particular. Se você não for à Ilha, cinco dias é mais do que suficiente.

Passagem: Eu sempre quis ir à Cartagena mas as passagens giravam em torno de mil reais e eu achava caro. Um belo dia, no conforto do meu lar, vi uma promoção no Melhores Destinos (já dei a dica em outro post para seguir pelo Twitter) em que a compra de milhas da LifeMiles (programa de fidelidade Taca e Avianca) estavam em promoção assim como o resgate de milhas em passagens. Entrei no site, fiz o cadastro e vi que a perna custava 3mil pontos. Comprei 12 mil pontos (fui com o Ricardo) e a passagem saiu, por pessoa, a bagatela de 470,00 reais. PE-CHIN-CHA. Fomos de Avianca.

Hotel: Fui em Novembro e, por sorte, depois descobri que é a melhor época pra visitar Cartagena. Dei uma olhada nos hotéis indicados pelo TripAdvisor e estavam lotados.. foi aí que, conversando com uma colega de trabalho, recebi a indicação da Casa India Catalina. Excelente localização, uma boa cama, e um ar condicionado potente! A principal dica aqui é que você se hospede no centro histórico. Cartagena é uma cidade pequena, não requer muito tempo para conhecer e fora do centro tem poucos pontos turísticos. 

Além do Centro Histórico, eu e Ricardo queríamos aproveitar o mar do Caribe e, para evitar muitos ambulantes na nossa cola, resolvemos ficar 3 dias na Coralina Isla Boutique. Ilha particular e paradisíaca! Vou falar mais sobre ela no roteiro. 

Roteiro: Já fiz essa viagem há um ano e, infelizmente, não anotei o dia a dia como muitas outras que ainda postarei aqui.... para casos assim vou listar os locais que eu visitei e comentar sobre cada um deles.  

Cidade Murada: nada mais é que o centro histórico de Cartagena. É muito interessante e exala história. Os muros ao redor da cidade foram construídos para evitar a invasão e os ataques piratas. Você pode andar livremente pelo centro histórico com o auxílio de um mapa e montar a melhor logística para garantir que passou por todos os pontos. Ela é 100% andável. Não precisa se preocupar com transporte algum. Os pontos abaixo ficam todos dentro do centro histórico.

Cidade Murada

Cidade Murada
  •  Plaza Bolívar: é uma praça arborizada com chafariz. Tem uns ambulantes vendendo bebidas, às vezes surge um grupo tocando uma música local... é uma praça para dar aqueles 10 minutinhos de descanso, beber uma cerveja, repor as energias e seguir em frente. 
    Las Bóvedas
  • Las Bóvedas: é uma rua com uma lojinha do lado da outra. Seu lugar para comprar souvenirs é aqui! O preço varia de uma loja pra outra e muitas vendem basicamente a mesma coisa. Aconselho andar a rua toda e depois voltar nas lojas que você mais se interessou. Comprei um óculos de madeira maaaaara e presentinhos pra todo mundo lá!

  •  Palacio de la Inquisición: esse é local que tem que ir! No Palácio da Inquisição você verá instrumentos de tortura originais. O museu fica no prédio em que efetivamente se instalou o Tribunal da Inquisição. Todo o acervo é original da época. 
Palacio de la Inquisición - objeto de tortura
    Coroa de espinhos - objeto de tortura
  • Portal de Los Dulces: Depois do almoço se você estiver procurando um docinho, eis o lugar que você tem que ir. É uma rua com ambulantes vendendo todos os doces típicos cartageneiros. Os doces são deliciosos e bem baratos.
  • Museo del Oro Zenu: Infelizmente eu não fui mas ouvi excelentes feedbacks a respeito. Caso você tenha ido me conta nos comentários. :)
  • Plaza San Diego: É um point da cidade que tem uns barzinhos bem badalados de noite. Durante o dia tem bons restaurantes e ambulantes vendendo bijouterias e chapéus. 
  • Plaza San Domingo: conhecida pela escultura de Bottero localizada na entrada da praça. Como todas as praças de Cartagena, é um excelente local pra sentar e tomar uma cerveja. 
Escultura de Bottero
  • Monumento India Catalina: Gente é só uma estátua... tem que ir e tirar foto e tal mas não tem nada demais. 
  • Catedral de San Pedro Claver: É uma catedral linda por fora. Não cheguei a entrar pois estava fechada. Ouvi dizer que é bastante simples por dentro. 
Para sair da Cidade Murada, você pode pegar um táxi e seguir para algum ponto seu de interesse ou pode também comprar os passeios. 
Eu comprei um passeio que levava no Castelo de San Felipe de Barajas e ao Monumento a los Zapatos Viejos e foi a única vez que andei pelo lado de fora do centro histórico. 
  • Monumento a los Zapatos Viejos: é uma escultura giga de um sapato velho. É legal e tal mas não tem nada demais... mas faz parte passar por ali e tirar uma foto. 
Zapatos Viejos
  • Castelo de San Felipe de Barajas: Esse castelo tem que ir! Na verdade é uma fortaleza que foi contruída no século XVI durante a colonização espanhola. Em 84 foi declarada, pela UNESCO, Patrimônio da Humanidade. A fortaleza é linda assim como a vista dela. Vale a pena!

Fortaleza de San Felipe e Barajas
Vista do alto do Castelo











Lá em Cartagena tem também o Vulcão de Lodo El Totumo. Eu não fui (até porque, gente... super não é meu perfil) mas quero muuuuito saber como é caso alguém tenha ido. É um vulcão de argila que as pessoas entram pra tomar banho de lama. Se você foi não deixe de comentar, fiquei muito curiosa.

Além desses pontos turísticos eu fui ainda à Coralina Isla Boutique. Vou explicar o porquê dessa escolha. Ali em Cartagena tem nas Ilhas Rosário uma praia famosa chamada Playa Blanca. É muito comum pagar um passeio até ela para passar o dia na praia. Acontece que o povo em Cartagena é muito, vamos dizer, de contato... você chega nos lugares e todo mundo toca no seu cabelo oferecendo massagem, te oferecem colares, brincos... é muito assédio ao turista. Por conta disso, preferi escolher uma ilha particular também nas ilhas Rosário e essa é a Corlalina Isla Boutique.
  • Coralina Isla Boutique: Como eu disse, é uma ilha particular. O dono é o Pierre, muito atencioso. Não é barato mas vale cada centavo. É uma vista paradisíaca com uma calmaria que você não encontra em lugar nenhum em Cartagena. Fiquei hospedada três dias e foi mais do que o suficiente. A ilha não possui energia elétrica mas tem um gerador que funciona de 6h da tarde até as 6h da manhã. É o suficiente pra você dormir confortavelmente e acordar já na praia. As refeições estão incluídas mas se você quiser uma lagosta, por exemplo, pode pedir por fora. 

Coralina Isla Boutique

Lagosta em Coralina Isla
Dicas: 
  • Hospede-se no centro histórico, é aonde fica a maioria das atrações da cidade.
  • Como eu falo sempre, não esqueça do protetor solar. Para Cartagena especificamente sugiro que você leve um chapéu também... o sol é muito forte. Caso não tenha, lá vendem chapéus lindos e por um preço bem em conta.
  • Já disse mas vou repetir: A umidade chega a 95%. Isso significa muito suor e um cansaço constante. Beba muita água e vá com uma folga pra poder voltar ao hotel pra descansar em algum momento do dia. Você vai precisar.
  • Caso resolva comprar algo com algum ambulante, negocie! O cartageneiro topa praticamente qualquer negócio.
  • No auge do calor experimente a limonada de côco. É uma delícia e muito refrescante. 
  • Caso bata uma fominha no meio da tarde, prove as frutas já cortadas das Palenqueras. São frutas frescas e bem docinhas.
Palenquera

É isso, espero que tenham gostado. Se tiverem algum comentário podem usar o espaço aqui embaixo. Não esqueçam de curtir a página do blog no facebook (tem um link aqui do lado).

Próximo post: Buenos Aires (vai ser difícil lembrar de tudo mas vou me esforçar!)

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Ahhhh Havana!! Foi muito amor!

Olha, vou começar dizendo que eu nunca quis ir a Cuba... mas Ricardo (historiador) sempre quis e me convenceu a ir. Segundo ele tínhamos que ir antes da morte do Fidel e assim fizemos. Conversei com alguns amigos e a Manu entrou na onda imediatamente. Depois dessa viagem posso afirmar: Foi um dos lugares mais maravilhosos que eu conheci... vou voltar certamente!
Habana Vieja
Com nosso próximo destino decidido, começamos a organizar a viagem... geralmente eu sou a responsável pela compra das passagens e reserva de hotéis (já falei que sempre compro passagens muito baratas) e Ricardo e Manu ficaram responsáveis pelo nosso roteiro. 

Que íamos a Havana era óbvio, a dúvida era a praia que visitaríamos. Eu queria ir a Cayo Coco, eles a Varadero. Como eu era minoria, reservamos Varadero. 

A primeira coisa que preciso dizer aqui, é que você não pode julgar nenhum estabelecimento pela aparência... os prédios não são muito bem conservados pela falta de dinheiro do governo mas o interior é sempre impecável. 

Planejando a Viagem

Ficamos 10 dias em Cuba e o tempo foi perfeito. Totalizamos 7 em Havana e 3 em Varadero. Desses 7 conta-se os dias de traslado também. 

Fomos em Maio, o clima estava bem quente mas, já que Cuba é uma ilha, não sentimos um calor insuportável em nenhum momento. Recomendo essa época. 

Passagem: Compramos passagem pela Copa. Apenas duas cias aéreas voam pra Cuba: Copa e Avianca. Aconselho a Copa pois você não vai precisar se preocupar com visto. O visto é comprado no momento do check in e custa em torno de 40 reais. É um papel muito fácil de preencher. 

Frente da Casa de Miriam
Hospedagem: Com a passagem comprada, nossa próxima dúvida era hotel. Os hotéis em Cuba são muito, mas muito caros. Conversei com alguns amigos que já tinham feito essa viagem e todos me convenceram a ficar em casa de cubano... como eu sou um tantinho de nada (tá, é mentira, sou muito!!) fresca, fiquei na dúvida e fui pesquisar o assunto e o que eu descobri foi: há uns anos atrás o governo permitiu que os cubanos interagissem com os turistas e prestassem serviços a eles. Com essa oportunidade, alguns cubanos se inscreveram nesse programa e foram autorizados pelo governo a hospedar turistas (esse programa envolve também lojinhas, restaurantes, etc. Falarei sobre isso mais a frente.) em suas casas. Posso dizer que foi uma experiência incrível!! Além de ser muito barato, você tem a oportunidade de conversar com os donos da casa e entender um pouco mais sobre o que foi a revolução e como eles se sentem hoje. Na ocasião (maio de 2013) o quarto custou 23 CUCs (o CUC regula com o dólar). O café da manhã era opcional e custava 3 (!!) CUCs. Nosso quarto tinha ar condicionado, banheiro privativo totalmente reformado, cofre, frigobar, TV e era muito limpo. Fiquei na 'Casa de Miriam' e fui muito bem recepcionada. No momento de reservar a hospedagem percebi que o Hoteis.com não tinha busca para Cuba, então reservei no Trivago.
Vista da Casa de Miriam


Interior da Casa de Miriam

Dinheiro: Outro ponto importante de pesquisar é sobre a vida do turista em Cuba. Achei um país muito preparado para o turismo. Existem duas moedas em Cuba: O peso cubano e o CUC, que é o peso cubando convertido. Quando eu fui o CUC estava praticamente 1 pra 1 com o dólar americano, mas aqui vai uma dica importate: não leve dólares para trocar, leve euros! Por conta do embargo dos EUA com Cuba, a taxa de câmbio acaba sendo muito maior para o dólar. 

Você tem três lugares principais para trocar dinheiro (nunca troque na rua!): Aeroporto, Hotel Nacional e Feira de Artesanato. Os preços regulam, então não precisa se preocupar muito com a cotação. 

Roteiro

Dia 1:  Chegamos em Havana mais ou menos no horário do almoço. Trocamos parte dos nossos euros no aeroporto (pense bem na quantidade que você vai trocar. É muito difícil achar um local que aceite cartão), compramos um mapa (3 CUCs) e pegamos um taxi para a casa que alugamos. O taxi tem um preço fixo e custa 25 CUCs. O aeroporto fica um pouco distante do centro de Havana. 

Chegando na rua da casa da Miriam, minha vontade foi chorar e nesse momento virei pra Manu e pro Ricardo e falei: Vou pra um hotel. Não fico aqui. Bom, foi aí que eu aprendi que não se deve julgar nada em Cuba pelo seu exterior... a casa era linda! Muito limpa, muito bem conservada, adorei. Foi meu primeiro tapa na cara em Cuba. Rs. 

Nos instalamos e fomos almoçar. Acabamos almoçando num local mais turístico e não foi tão barato. andamos um pouco pela cidade, ficamos de papo e nos recolhemos cedo para começar o dia seguinte a todo vapor.

Habana Vieja
Dia 2: Tomamos café no hotel (todos os dias. Muito bem servido e muito barato) e fomos bater perna por Havana Vieja. Uma coisa que percebemos logo de cara foi que o cubano gosta de contar um história... todos vão te parar na rua, conversar, perguntar fim de novela brasileira (eles amam!) e tentar te vender um charuto, rum ou até te levar pra um clube de salsa. O assédio é muito grande mas se você disser que não quer, eles respeitam e saem de perto. Essa parte é um pouco cansativa. No fim eu não aguentava mais!


Fomos até a loja da Partagás (em frente ao capitólio) e no caminho nos deparamos com um cubano contando uma história muito convincente... dizia que alguns dias no ano o governo liberava a produção diária de charuto para que a cooperativa local vendesse pra ajudar as famílias. Isso é charuto falsificado! Os únicos lugares que vendem charutos originais são lojas e principalmente, a Partagás, que é a loja da fábrica. Não quer dizer que o charuto vá te fazer mal, significa apenas que aquelas folhas não passaram pela seleção de um mestre charuteiro e não foram cultivadas em Piñar de Rio, único local aonde se cultivam as folhas originais dos charutos cubanos.
Partagás
Bom, compramos uns charutos falsificados nesse esquema da cooperativa falsa e seguimos para a Partagás olhas os originais. Compramos alguns souvenirs, charutos e tal e descobrimos lá que a fábrica hoje é em outro lugar da cidade, e o ingresso é vendido num hotel de alto luxo que fica ali perto, na Paseo de Martí. 

Compramos nosso ingresso e fomos almoçar no restaurante na mesma rua chamado Los Nardos. a Manu tinha pesquisado sobre esse restaurante e estava na nossa lista de 'must' e não era pra menos. Mais uma vez, sem julgar pela aparência externa, entramos e o lugar era lindo, comida muito saborosa e preço bem razoável. Esse restaurante enche então é normal encarar uma fila pra entrar, mas vale a pena!

Esperando para comprar entrada pra Fábrica
Saímos de lá e fomos bater perna ali por Havana Vieja. Andamos muito e fomos até o galpão de artesanato (Mercado San José). Compramos umas lembrancinhas e voltamos andando pra pousada. Inicialmente íamos pegar um Coco Taxi, taxis de fribra de vidro no formato de côco, mas achamos o preço muito alto. Aproveitamos então pra andar pelo Malecon. 

No fim da andança, já perto da Casa da Miriam, fomos ao Barrio Chino (bairro chinês) pra comer num restaurante diferente. Tínhamos escolhido um na internet e ficamos procurando horas até achar... ficamos meio assim se entrávamos ou não e mais uma vez: não julgue nada em Havana pelo seu exterior. O restaurante ela lindo, barato é muito bem servido. 

Mausoléu do Che
Dia 3: Acordamos cedo e fomos à Santa Clara. Haviamos alugado um táxi com antecedência para nos levar lá. Fica a duas horas de Havana e é aonde fica o mausoléu do Che Guevara. É uma viagem longa com pouca coisa pra ver mas que, na minha humilde opinião, valeu a pena. O mausoléu é muito bem conservado e existe todo um monumento a sua volta. O respeito dos cubanos pelos local é algo impressionante. 

De lá fomos ver o trem da revolução. É uma exposição pequena mas já que estávamos lá, nós fomos. Voltamos para Havana parando no caminho para almoçar. Chegamos bem tarde, então jantamos na pousada mesmo (você pode avisar do jantar no horário do café da manhã. Os pratos são simples mas muito saborosos) e fomos descansar pra mais um dia. 

Dia 4: Começamos o dia chamando um táxi para nos levar ao Hotel Nacional. Precisávamos ir na casa de câmbio pegar mais CUCs. Primeira dica aqui é negociar com o taxista. Não existe taxímetro, então você sempre tem que perguntar e negociar o valor antes de entrar no táxi. A segunda dica é visitar o Hotel Nacional mesmo que você não vá trocar dinheiro. É um hotel muito bonito, símbolo de Havana e com vários quadros de celebridades autografados. 

O táxi ficou nos esperando e de lá fomos ao Museu de Belas Artes. Apreciamos o primeiro pavimento mas decidimos por não visitar o restante do museu. De lá fomos andando pro Museu da Revolução. Esse sim vale muito a pena. Era o Palácio do Governo e o prédio ainda tem as marcas do dia em que foi tomado por Fidel.

Saímos dali e fomos almoçar de novo em Los Nardos. Dá pra perceber que gostamos MUITO desse restaurante. De lá fomos explorar, mais uma vez, Havana Vieja. Andamos por Paseo del Prado, vimos o prédio da Bacardi (antes da marca ser vendida), e fomos até a Plaza de Armas. Tiramos umas fotos, e fomos até Obispo. Essa rua é bem interessante pois tem muitos ambulantes vendendo livros usados. Começou a chover e nos instalamos num barzinho pra degustar umas piñas coladas até passar a chuva. De noite jantamos num restaurante no Malecón bem gostoso.


Dia 5: Às vésperas de irmos à Varadero e mortos de tanto andar, resolvemos comprar o Hop On - Hop Off para um dia (existe a opção de 48h). Quem já viajou pela Europa deve ter visto esse tipo de ônibus turístico. Você compra o ingresso e o ônibus passa nos principais pontos da cidade. Você desce e sobe em qualquer ponto durante o dia inteiro. Em Havana vale muito a pena pois é barato e as ruas não tem trânsito. 

O Hop On - Hop Off de Havana tem duas linhas: Uma que passa pelos pontos turísticos de toda Havana e outra linha que leva para as praias próximas. Você pode pegar essa segunda linha de manhã, passar o dia na praia e voltar no fim do dia. 

Nossa primeira parada no ônibus foi a Plaza de La Revolución. Se você assistiu algum discurso do Fidel, você já viu essa praça. Nela você encontra os ministérios (famosa foto do prédio com a cara do Che) e ainda o Monumento a José Martí. Prédio mais alto de Havana com um mirante no último andar. Do mirante você ve toda Havana além de ver Miami que fica apenas há 300Km dali.

Plaza de la Revolución
De lá fomos andando até o estádio de beisebol. Ricardo cismou que queria uma blusa oficial. Bom, foi em vão. Eles não vendem blusas oficiais. Para comprar uma blusa dessas você precisa procurar em lojas que são em casa de família, aonde o atleta coloca o uniforme dele pra vender. E numa dessas o Ricardo conseguiu comprar uma blusa oficial que foi usada em alguma olimpíada. 

Coppelia... antes do meu tombo mara!!
Pegamos o nosso Hop On - Hop Off e partimos pro bairro de La Rampa. É um bairro mais arrumadinho e aonde fica a famosa sorveteria Coppelia. Note que lá tem duas entradas: Uma fila que fica gigantesca pra cubanos, com apenas um sabor por dia e um preço ridículo de tão barato (centavos), e uma entrada vazia para turista com todos os sabores e um preço que eu achei salgado pro que era o sorvete (em torno de 6 CUCs). Na saída da Coppelia tomei um tombo... mas um tombo... que agradeci não ter 3G em Cuba, senão já tava no Youtube. Rs. 

Pôr do sol visto da Fortaleza de San Carlos
Voltamos pro hotel e fomos de taxi até a Fortaleza de San Carlos assistir o Cañonazo. É uma cerimônia para dizer que a cidade está em paz. Acontece todos os dias às 21h e o ingresso inclui uma bebida pra ser consumida no local. Aconselho chegar cedo pois tem muitas coisas pra explorar além de uma feirinha com esculturas muito interessantes. 



Dias 6, 7 e 8: Varadero vou falar os três dias de uma vez e explico o por quê: Não gostei. Se pudesse voltar atrás teria ido a Cayo Coco (no melhor estilo 'I told you so').

Quando reservei Varadero, reservei um resort all inclusive de 4 estrelas da rede Iberostar... não tinha muito como errar, ne? Mas então... errei! Chegando lá descobrimos que o hotel havia perdido o direito de usar Iberostar, era 3 estrelas e, se dependesse de mim, não teria nenhuma sequer. Ficamos no Barlovento. Não recomendo meeeeesmo. Olhei hoje e ele ainda está como 4 estrelas... como eu disse, não dou nenhuma. Teoricamente o hotel tinha um restaurante 24h, além de outros 2 com culinárias internacionais e mais uma lanchonete. Não consegui reserva em nenhum restaurante, o de 24h não era 24h, fechava às 21h e a comida era horrorosa. Quando você chega, ganha uma garrafa de água... e só! Não tem mais água... num resort all inclusive! Fora isso, reservamos um quarto triplo e nos deram um duplo. Depois de reclamar horrores, nos trocaram pra um quarto triplo no dia seguinte somente... e não vou nem começar a falar das baratas que surgiam no quarto... pelo menos uma por dia e das grandes... então sim, eu detestei Varadero. Não via a hora de voltar.

Das coisas boas do lugar tem a praia maravilhosa (não é Caribe!) cristalina e com água morna, o hotel tinha bebida alcoólica a vontade (aguada mas tinha) e foi bom pra relaxar um pouco.

Varadero - Praia do hotel Barlovento
Pra ir embora pegamos um táxi no hotel mesmo. É importante dizer que existem linhas de ônibus para turista e você pode fazer esse trajeto por 25 CUCs, mas éramos 3 e pagamos 70 CUCs, o que fez valer a pena ir de taxi. Foi mais barato e mais confortável. 

De volta a Havana (graças!!!), deixamos nossos pertences na Casa de Miriam e fomos jantar. Procuramos um restaurante na própria rua da pousada e descobrimos os Paladares (TEM QUE IR!!). Como eu disse láááááá em cima desse post giga, o governo cubano permitiu que seus residentes interagissem com os turistas com o intuito de aumentar a renda da família. Com essa medida criaram-se os seguintes estabelecimentos:
  • Hospedagem em casa de família;
  • Lojas de souvenirs na sala de suas casas;
  • Restaurantes na sala das casas - esses chamados de Paladar... o nome vem da novela brasileira Vale Tudo, em que Regina Duarte abria um restaurante com esse nome. Os cubanos amam telenovela brasileira e passaram a chamar todo restaurante de comida caseira de "Paladar".
Essa experiência é muito interessante pois você entra na casa do cubano e descobre uma lojinha, um restaurante... muito legal. 

Bom, voltando, jantamos em um Paladar que tinha na rua que estávamos... a experiência foi MARAVILHOSA. Comida muito gostosa e tipicamente cubana com um tempero caseiro especial e muito barata. 

Dia 9: Dia de nos despedirmos... nosso último dia nessa ilha maravilhosa de pessoas politizadas, uniformes escolares impecáveis, muita cultura, muita educação e muita saúde pra todo mundo. O cubano é pobre sim... mas não é miserável. Todos tem comida, moradia e educação... isso com um governo sem dinheiro, aonde tem sua renda principalmente do turismo, charuto e rum.

Andamos pelas ruas meio sem rumo, visitamos a Catedral de Havana e a Bodeguita del Medio, mojito mais famoso de Havana. 

Não sei se foi nesse dia ou em outro (afinal tem quase dois anos que fiz essa viagem),  mas em algum momento dessa aventura visitamos a fábrica de rum (Havana Club) e a fábrica de charutos (Partagás). A fábrica de charutos não é a loja, apesar de terem o mesmo nome. Tanto Havana Club quanto Paratagás merecem visita. Ver o processo de fabricação do rum e do charuto cubano é uma experiência a parte. 

Dia 10: Arrumamos nossas coisas, chamamos a Miriam e demos tudo que podíamos dar: dei papel higiênico que levei (levei muitos pra dar mesmo), sabonetes, canetas e até uma miniatura de um perfume Carolina Herrera que eu levei. Manu deixou uma calça jeans. Miriam ficou tão agradecida que nos deu uma borboleta de madeira para decorarmos nossa casa. Partimos pro aerporto e finalmente chegamos no RJ. Ficou na minha memória uma das viagens mais maravilhosas (senão a mais) que já fiz. Quero muito voltar. 

Dicas
  • Fique hospedado em casa de cubano. Conhecer sua história faz parte dessa viage maravilhosa e o custo é 1/4 do preço. 
  • Leve Euros para trocar por CUCs. Dólares são taxados por conta do embargo dos EUA com Cuba.
  • Protetor Solar! Essa dica vai estar em praticamente todos os meus posts. Em Cuba venta muito por ser uma ilha mas o sol castiga!
  •  Tênis confortável é essencial. Anda-se a ilha praticamente inteira. E pode esquecer maquiagens, salto alto... vc não vai usar nada disso!
  • Você não precisa se preocupar em ser assaltado. Cuba tem uma sociedade desarmada, o único tipo de roubo é o furto, então mantenha tudo junto ao seu corpo e você não terá problemas. Desde que alguém não consiga puxar e sair correndo, você estará seguro. 
  • Viaje pela Copa Airlines. Caso você vá por outra companhia aérea irá precisar tirar o visto com antecedência e é uma burocracia que você não quer. 
  •  De novo, mantenha a mente aberta e não julgue os locais por sua aparência externa. 
  • Charutos e Rum originais somente nas lojas!!
  • Você pode trazer ao Brasil até 50 charutos e 
  •  Quando pegar um troco CONFIRA. O Peso Cubano vale muito menos que o CUC. Sua nota precisa ter 'Pesos Convertibles' escrito. Aqui embaixo tem uma foto para você se familiarizar. 
  •  Leve seu papel higiênico e seus produtos de banho. Não é simples comprar e o que sobrar você pode deixar na casa em que se hospedou. Levei muitos rolos de papel higiênico, muitos sabonetes, canetas... deixei tudo lá e a dona da casa ficou muito feliz. :)
CUCs
Busto comprado na feira de artesanatos no Cañonazo


Espero que vocês tenham gostado. Se você quiser adicionar algo, comenta aqui! :)


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Lud & Manu take Chile - Santiago

Vinhos, frutos do mar, pisco e mais vinho além de paisagens lindas e muita cultura... isso resume Santiago. 

Quando eu e Manu (visite o blog dela aqui) idealizamos nossa viagem, o foco era a Ilha de Páscoa (já postei dicas aqui no blog!). Como teríamos que passar por Santiago de qualquer forma, incorporamos essa cidade ao nosso trajeto. 

Acabamos ficando muito tempo em Santiago... chegamos na 2a à noite, ficamos 3a e embarcamos pra Ilha de Páscoa... voltamos no Domingo e ficamos até a 6a seguinte, completando 7 dias em Santiago... e sim, é muito tempo mas foi ótimo. Conseguimos fazer tudo com muita calma.

Programando a Viagem

Como o nosso foco era a Ilha de Páscoa, escolhemos o período de acordo com a disponibilidade de vôo pra Ilha. Conseguimos passagens bem em conta no próprio site da LAN (em torno de 700 reais), reservamos o hotel Mito Casa pelo Booking.com, fica no bairro de Providencia. Muito bem localizado e muito perto do Patio Bellavista. 

Chegada: chegamos na segunda à noite, entao nosso primeiro dia foi basicamente sair pra jantar. Fomos num restaurante no Patio Bellavista chamado Galindo. Apesar do alto rating no TripAdvisor, eu não achei nada demais... um bom preço mas atendimento muito ruim e poucas opções de pratos. 

Passagem pro Funicular
Primeiro Dia:  O que eu considero primeiro dia, que na verdade foi o segundo, foi um dia bem intenso. Começamos indo ao Cerro San Cristobal. Você pode ir de carro ou a pé, mas nós escolhemos ir de Funicular. É um bondinho que sobe até o mirante.

No caminho tem um zoológico... eu tenho um problema ideológico contra zoológicos então passamos direto.

* O ingresso pode ser só para o mirante ou incluir o zoológico. O funicular para no zoológico apenas na subida.

Cerro San Critsóbal


Do alto do Cerro San Cristóbal você terá a visão de toda a cidade de Santiago. É indescritível. Chegando no mirante subimos mais algumas (muitas!) escadas, e fomos até a santa que fica no topo do Cerro. 

Saindo de lá, seguimos para La Chascona, casa em Santiago, de Pablo Neruda. É muito perto do Cerro, então sugiro que visite no mesmo dia. A visita guiada é muito boa e tem em vários idiomas, incluindo português. 

Depois de La Chascona, fomos andando (!!) para o Mercado Central. É um ótimo lugar para comer frutos do mar frescos e a um preço razoável.




Segundo Dia: Chegamos mortas do vôo da Ilha de Páscoa e fomos jantar no Hard Rock (não me julguem, eu coleciono pins!) e dormir cedo para aproveitar os cinco dias restantes em Santiago. Aproveitamos para pesquisarmos umas coisas na internet e decidirmos o que faríamos a seguir.

Terceiro Dia: Vimos na internet que no mês de Outubro, a troca da guarda da Casa da Moeda era em dias ímpares. Decidimos então aproveitar o ensejo e assistir a cerimônia. É muito interessante. A banda da guarda é muito legal e faz um show à parte. No restante do dia ficamos batendo perna no Shopping Parque Arauco. Se você quer alguma coisa de grife, esse é o seu shopping.

Quarto Dia: No quarto dia fomos para a nossa primeira degustação de vinho (\o/). Fechamos um passeio no próprio hotel que era Emiliana + Viña del Mar + Valparaíso. Pra ser MUITO sincera, os passeios valem a pena ao mesmo tempo que não valem. Você fica muito tempo no deslocamento e pouco tempo efetivamente nos lugar, mas é uma boa solução se você não vai alugar carro, como foi o nosso caso.
  • Emiliana: TEM QUE IR. É uma vinícola pequena e totalmente orgânica. As soluções para manter o equilíbrio ambiental na produção dos vinhos é fanstástica. Além de tudo, Emiliana é uma das poucas empresas chilenas que fornce ao funcionário plano de saúde, plano odontológico, auxílio moradia... direitos brasileiros que o chileno não tem. O melhor vinho, na minha opinião, é o branco. Comprei um Viognier SENSACIONAL (se você tem Vivino, me adiciona!)

Degustacão em Emiliana
  • Viña del Mar: é bem bonito mas não tem nada... uma voltinha na cidade e você terá visto tudo que tem pra ver. Almoçamos lá num restaurante que o guia nos levou e foi MUITO caro. Não recomendo comer por ali. Viña del Mar é uma cidade de ricos então entende-se que é tudo muito caro. 
  • Valparaíso: Gostei bastante! Lá tem outra casa do Pablo Neruda (ele tinha 3, a terceira fica em Isla Negra), um mirante muito interessante e parece ser uma cidade com muitos barzinhos. Me recomendaram ficar pelo menos um dia lá, mas infelizmente não deu. Caso você tenha tido essa experiência, conte nos comentários! :)
Quinto Dia: Escolhemos esse dia para fazer um City Tour e beber mais vinho! Dessa vez em Concha y Toro.
  • City Tour: foi bom porque conseguimos conhecer Santiago bem rápido mas, mais uma vez, ficamos mais no trajeto do que efetivamente conhecendo algo diferente. Muitos luagres já tínhamos ido no primeiro dia a pé. Depois descobri que tem um Free Walking Tour em Santiago, ouvi feedbacks muito bons, mas não fiz. Se você fez e gostou, divida sua experiência nos comentários. :)
  • Concha y Toro: essa é a vinícola mais famosa e mais antiga de Santiago. Aqui no Brasil ela é conhecida pelo 'Casillero del Diablo', um de seus vinhos e que é a marca que patrocina o Manchester United. A Concha y Toro é a segunda maior exportadora do vinho, perdendo apenas para uma marca que fica em Napa Valley. É uma degustação bem interessante com uma visita guiada em português.
Adega de Casillero del Diablo do sec. XIX - Concha y Toro

Sexto Dia: Ninguém é de ferro e no sexto dia fomos às compras! Fomos num outlet um pouco afastado. Fomos e voltamos de taxi, mas talvez valha mais a pena ir de carro. É uma rua com muitos outlets e acabamos indo em um só porque não dava para andar de um para o outro. Não tem nada muuuuuito barato, mas de antemão vou dizendo que o imposto no Chile é menor, o que resulta num preço um pouco mais em conta (pouca coisa, nada muito gritante) do que no Brasil.

Sétimo Dia: (e último) fomos ao Shopping Costanera Center comprar as últimas lembrancinhas. Dentro desse shopping tem um mercado, excelente opção para comprar vinhos, piscos, etc.

Dicas:
  • Vinho se compra em mercado! A não ser que vc prove um vinho maravilhoooooso e de alguma safra especial nas vinícolas, aí tudo bem... de resto, é no mercado. 
  • Lembre que você pode trazer 23kg somente. Você vai se surpreender com a rapidez que se ultrapassa esse limite trazendo vinho... trouxe 8 garrafas e minha mala tinha 30kg. OK, levei uma mala grande, mas a Manu levou uma de mão, trouxe 8 vinhos e cravou em 23kg... então cuidado. Sugiro q vc leve uma balança portátil dessas de viagem. O excesso de bagagem pra mais 23kg em peso (ou seja, dentro da mesma mala) custa 60 dólares.
  • PROTETOR SOLAR! Gente, sofri muita coisa... aquele ventinho frio engana demais... muito sol... voltei como um pimentão!
  • Procure os free walking tours... geralmente são mais explicativos e você tem condições de explorar o local melhor.
  • Antes de decidir ir ao Vale Nevado, procure saber se tem neve! Eu não fui porque estava fora da temporada de esqui, mas vi pessoas indo e reclamando que não tinha nada pra fazer. Se informe com antecedência. 
  • Patio Bellavista: É um excelente local pro fim de noite. Tudo em Santiago fecha por volta das 23h, mas o Patio Bellavista especificamente fecha às 2h durante a semana e as 4h no fim de semana. Fica perto da Universidade então é badalo certo. Fomos muitas vezes para jantar. De dia é um local interessante pra visitar umas lojinhas, comprar souvenir...
  • Pueblito de Los Dominicos: É um mercado de artesanato. Pequeno, você vai gastar no máximo uma hora pra rodar a feira toda. Melhor lugar do Chile pra comprar Lápis Lazuli. Os únicos países do mundo que extraem essa pedra são Chile e Afeganistão. Nessa feira conseguimos comprar brinquinho por 12 reais, enquanto em outras lojas gira em torno de 25. Tem desde a semijóia mais baratinha até a jóia mais cara. O metrô deixa em frente. 
  • Troca de moedas: Troque pouco no aeroporto, apenas o necessário. No entorno da Casa da Moeda tem casas de câmbio muito mais em conta. Levei Dólar mas achei que o Real tava valendo a pena também, quase elas por elas. 
  • Para Santiago você pode calcular uma média de 100 dólares por dia. Você não vai gastar mais do que isso em alimentação e transportes. 
  • Abuse dos frutos do mar! As carnes do Chile são importadas da Argentina. O forte são os frutos do mar. Frescos e muito saborosos. 
  • O Chile é o único país do mundo que produz o vinho 100% Carmenère (que estava extinto há alguns anos e foi redescoberto no Chile há poucos anos atrás. Aproveite para saboreá-lo. É um vinho bem suave. 
Essas são minhas dicas pra Santiago. Espero que você tenha gostado e se tiver algo a acrescentar que não foi falado aqui, sinta-se a vontade para comentar. :)

Próximo post: Cuba!